sexta-feira, 26 de março de 2010

Cora Coralina - poetisa.


Poemas, poesias e frases cheias de lirismo com os pés no chão. É assim que eu descreveria a mulher que foi Cora Coralina. Há muito que ela habita um lugar especial no meu coração e pretendo compartilhá-la com vocês.
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Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Bretas, ( 20-08-1889- 10-04-1985) é a grande poetisa do Estado de Goiás.


Se dependesse do destino que lhe foi legado, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, não seria poeta. Quando nasceu em 20 de agosto de 1889, as famílias estavam empobrecidas com a libertação dos escravos. Aos 12 anos, mudou-se para a fazenda da avó e sua função era socar no pilão, torrar café, refinar açúcar e outras atividades que temperavam o cotidiano rural de Goiás.

( Cerrado)
Não é de admirar que a poesia de Cora tenha sabor das coisas simples, como tomar um café na soleira da cozinha, enquanto as galinhas ciscam no terreiro.
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Desde os 14 anos ela quebrava a monotonia das folhas brancas com seus versos, mas, depois de casada, o marido ciumento não permitia que fossem publicados. Precisou ficar viúva, aos 76 anos, para a sua arte extrapolar os limites da gaveta.

( Goiás Velho)

Ela se achava mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.
(Goiás Velho)
Com seu trabalho de doceira sustentou a família. Enquanto remexia as massas que borbulhavam no enorme tacho sobre o fogão a lenha, poesias e rimas brotavam do pensamento.
Somente depois de o marido morrer, é que publicou seus livros:
Poemas dos Becos de Goiás e Histórias mais ( 1965) , Meu livro de Cordel (1976) e
Vintém de Cobre-Meias Confissões de Aninha ( 1984) .
Rua de Goiás Velho)

“ O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher.”
Cora Coralina.

Espero que tenham gostado. Um grande abraço da Vovó Moina.
vovomoina@gmail.com

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